cine renascença

VÍDEO: escola municipal vira espaço de cinema para comunidade

Gabriela Perufo

Foto: Renan Mattos (Diário)
Da esquerda para direita: Guilherme, Brenda, Mikaele, Laura e Kauã (à frente)

Com direito a escurinho, pipoca e telão, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Sério Lopes virou espaço de cinema para a comunidade do Bairro Renascença, onde fica a escola. Na última quinta-feira, os moradores foram convidados para ver o filme O Menino que Descobriu o Vento, da Netflix, e levar suas cadeiras e chimarrão.

A escolha do título, que conta a história de um menino pobre e que passa por dificuldades para chegar à escola, foi dos alunos dos anos finais (5º a 9º ano) que já tinham visto a obra em atividades escolares. A diretora da escola, Andreia Schorn, explica que a sessão de cinema exibida na noite da última quinta-feira foi a primeira, mas a ideia é repetir a atividade uma vez por mês. 

- Antes de tudo, pesquisamos se poderíamos exibir o filme. Como a Netflix permite a exibição para fins escolares, sem geração de lucro, não tinha problema. Aí eles passaram o dia de hoje (quinta-feira) na vizinhança fazendo convite a todos, trazendo pais, mães, amigos, tios, tias, entregaram os cartazes feitos por eles - explica Andreia. 


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A exibição do Cine Renascença faz parte de um projeto ainda maior chamado "Além da Ponte: outra educação possível para meninos e meninas" desenvolvido ao longo do ano na escola. 

CATAVENTO
Os alunos dos anos finais, responsáveis por escolher o filme a ser exibido, já conheciam a história de William Kamkwamba, protagonista da história. Isso porque dias antes o filme já tinha sido exibido em outra atividade. As dificuldades enfrentadas por William para conseguir estudar e ajudar seu povo também viraram redações e trabalhos de artes da gurizada. 

A cena em que o protagonista cria um catavento, após superar uma série de desafios, parece ser unanimidade entre os alunos e foi eleita como a mais emocionante por Kauã Soares, 14 anos, 7º anos, que depois caprichou na tarefa de redação. A opinião de Kauã é a mesma de Guilherme Nunes Pinheiro, 13 anos, 7º e das meninas do 9º ano Laura Rodrigues da Silva, 14 e Mikaele Marinho de Souza, 14 e Brenda Yasmin Doile. 12 anos, aluna do 8º ano.

- A lição que fica é de nunca desistir, porque apesar de ser expulso da escola, ele não desistiu da leitura e outras coisas - justificou Laura. 


A atividade da escola Sérgio Lopes contou com apoio do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Imaginário Social (GEPEIS) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O mesmo grupo tem outros projetos de cinema na instituição, em que promovem, junto aos alunos, curtas-metragens.

*Com informações da assessoria de comunicação da prefeitura

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